Melanoma
É o tipo de câncer de pele menos comum (4% dos casos), porém o mais agressivo e potencialmente fatal, já que apresenta grande capacidade de produzir metástases (“espalhar” para outros órgãos do corpo). Se detectado nas fases iniciais apresenta alta chance de cura, por isso a grande importância do diagnóstico precoce.
Os principais fatores de risco são genéticos (história pessoal ou familiar de melanoma), queimaduras solares na infância, pele e olhos claros e presença de muitos sinais ou pintas na pele (nevos melanocíticos). Apesar de ser muito mais freqüente em pessoas de pele clara, pode acometer qualquer tipo de pele e também áreas não expostas ao sol, como plantas dos pés.
As características clínicas do melanoma seguem a regra do ABCDE:
A – assimetria
B – bordas irregulares
C – cores variadas
D – diâmetro maior de 6mm
E – evolução, ou seja, uma lesão que apresente modificação com o tempo, tanto em coloração, crescimento, presença de sintomas como coceira e sangramento.
Atualmente utiliza-se a dermatoscopia, técnica que nos permite identificar estruturas mais profundas na pele e reconhecer precocemente um melanoma, o que melhora muito o diagnóstico, mesmo de lesões que clinicamente não são suspeitas. Para pacientes de muito alto risco e com muitos sinais, pode ser utilizada a dermatoscopia digital, que permite a monitorização das lesões e a rápida identificação de modificações que possam sugerir uma transformação maligna.
Muito importante é reconhecer as pessoas que apresentam fatores de risco para que estas possam realizar exames periódicos com dermatologistas, já que a única chance de cura deste tumor é com o diagnóstico e tratamento cirúrgico precoce.